A incubação até o estágio juvenil aumenta as chances de sobrevivência da prole, mas tem a desvantagem de ser um fator limitante à dispersão. Assim, algumas espécies incubadoras apresentam uma distribuição muito mais limitada do que aquelas que liberam gametas. De uma maneira geral, espécies com maiores dimensões corporais tendem a ser não incubadoras, enquanto que espécies com tamanho mais reduzidos, tendem a ser incubadoras (VENTURA & PIRES, 2002). | Apesar de todo o risco que acompanha o modo de reprodução no qual há a liberação de gametas, este prevalece entre os invertebrados marinhos. Muitos desses grupos são representados por organismos sésseis que não copulam, para os quais, portanto, a liberação de gametas é necessária (VENTURA & PIRES, 2002). Outras espécies possuem desenvolvimento bentônico aparental, porém produzem estruturas, como a encapsulação que conferem proteção à prole contra a predação e danos físicos. A emcapsulação é comum em gastrópodos, cefalópodos, poliquetas, nemertinos e menos frequente em crustáceos, quetognatas, asteróides e ofiuróides (VENTURA & PIRES, 2002). Entretanto, essa
estratégia, assim como o cuidado parental requerem grande custo energético que
geralmente é refletido na fecundidade, uma vez que um indivíduo não conseguiria
sustentar uma elevada fecundidade associado a um significativo cuidado parental
(RICKLEFS, 2003). RICKLEFS, R.E. A Economia da Natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 503p. VENTURA, C.R.R.;
PIRES, D.O. Ciclo de vida de invertebrados marinhos. In: PEREIRA, R.C. &
SOARES-GOMES, A. (Org.). Biologia
Marinha. Rio de Janeiro: Interciência, 2002. p 49-67. |