Luckesi (1999) define a avaliação da aprendizagem como um ato amoroso, no sentido de que a avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo e inclusivo. Para entender isso, importa distinguir avaliação de julgamento. “A avaliação tem por base acolher uma situação, para, então ajuizar a sua qualidade, tendo em vista dar-lhes suporte de mudança, se necessário. A avaliação, como ato diagnóstico, tem por objetivo a inclusão e não a exclusão; a inclusão e não a seleção (que obrigatoriamente conduz à exclusão). O diagnóstico tem como objetivo aquilatar coisas, atos, situações, pessoas, tendo em vista tomar decisões no sentido de criar condições para a obtenção de uma maior satisfatoriedade daquilo que se esteja buscando ou construindo” (Luckesi, 1999). Segundo os PCNs (MEC, Brasil, 1998) Deve-se ter presente que a principal finalidade da avaliação é ajudar os educadores a planejar a continuidade de seus trabalhos, ajustando-o ao processo de aprendizagem de seus alunos, buscando assim oferecer-lhes condições de superar obstáculos e desenvolver o auto conhecimento e autonomia, e nunca de qualificar os alunos. Segundo Bahia (1995), Avaliar é ação constante do cotidiano do ser humano. A todo instante julgamos fatos do ambiente, nossos procedimentos com alguém ou alguma coisa. A avaliação pode tornar mais produtiva qualquer avaliador onde e quando interferir e quais decisões devem ser tomadas. Em educação, as atividades de ensino e os ganhos de aprendizagem, quando avaliados continuamente, possibilitam ao professor julgar a eficiência de seu plano de ensino, cada desempenho de seus alunos para interferir no processo visando a melhoria dos resultados. Krasilchik (2001) ressalta que, os procedimentos de avaliação são preciosos e imprescindíveis elementos para se conhecer o que o sistema educativo, desde o estabelecimento de políticas públicas até a realidade das classes, pretende e obtém de seus alunos. Inclusive, as avaliações apresentam-se como um dos componentes muito importantes no estabelecimento de relações francas e amigáveis ou conflitantes de professores e alunos. A autora diz que a avaliação fornece ao professor informações acerca do seu ensino, permitindo-lhe identificar onde seu trabalho deixou de dar resultados esperados, como e onde os estudantes tiveram dificuldades, admitindo que falhas possam ser reparadas. Aos docentes cabe também, além de obter dados sobre o rendimento dos alunos, traduzirem-nos em linguagem significativa para os interessados. | Para fazer um planejamento adequado de avaliação de um curdo, é importante lembrar que as provas ocupam um lugar central em todo processo escolar, ressalta Krasilchik (1983). Elas desempenham inúmeros e variados papéis:
A nossa avaliação foi realizada tanto antes quanto durante o processo de ensino. Antes, quando há possibilidade do professor sondar o que o aluno precisa aprender, ajustando o seu plano de ensino; durante o ensino, com o trabalho em andamento, quando o professor poderá ajustar o seu ensino às necessidades de construção do conhecimento pelo aluno. A avaliação tem por finalidade a tomada de decisões, em termos de aprendizagem buscar procedimentos metodológicos mais adequados, visando o progresso dos alunos e a melhoria dos resultados educacionais. Assim, os percentuais de repetência e a conseqüente evasão escolar tão marcante nos graus de ensino certamente serão reduzidos (Bahia, 1995). Referências BAHIA. Ciências – Diretrizes Curriculares Para o Ensino Fundamental / Secretaria da Educação e Departamento de Ensino - Salvador: 2 ed. – 1995. 20p. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 436 pp. FERREIRA; A.B.H. Minidicionário da Língua Portuguesa. 1º edição, Rio de Janeiro, Editora: Nova Fronteira, 1985.506p. KRASILCHIK, M. As relações Pessoais na Escola e a Avaliação. In: CATRO, A.D & CARVALHO, A. M. P. DE (org). Ensinar a ensinar – Didática para a Escola Fundamental e Média. São Paulo: Pioneira Thomsom Learning, 2001. 195p. KRASILCHICK, M. Prática de Ensino de Biologia. 2 ed. São Paulo: Harper &Row do Brasil,1983. 195p LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Editora Cortez, 1999. 180 pp.
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