A avaliação dá ao professor informações sobre o ensino, permitindo-lhes identificar onde seu trabalho deixou e dar resultados esperados, como e onde os estudantes tiveram dificuldade, permitindo que possam reparar suas falhas (Castro & Carvalho, 2001). Segundo Castro & Carvalho (2001), a postura do professor em relação aos resultados da avaliação atribuindo aos alunos ou ao ensino resultados negativos ou positivos depende das suas concepções pedagógicas. Quando o compromisso é apenas com um corpo de conhecimento previamente estabelecido, sem consideração pelo nível e heterogeneidade da classe e dos interesses e capacidades dos alunos, o sistema de avaliação é fechado, priorizando a transmissão de informações, dados e conceitos. Quando o cerne do trabalho é o aluno, levando em conta seus conhecimentos prévios, suas motivações, os níveis cognitivo e afetivo de cada um ou de diferentes grupos na classe, a avaliação deixa de ser um simples aferidor de resultado para ser um meio de melhorar o aprendizado dos alunos e as relações sociais na escola. É provável que a avaliação seja um dos aspectos do processo de ensino/aprendizagem, em que mais se faça necessária uma mudança didática, isto é, um trabalho de formação dos professores que questione “o que sempre se fez” e favoreça uma reflexão crítica de idéias e comportamentos docentes de “senso comum” muitos persistentes (Gil- Perez & Carvalho, 1995 ). Segundo Alonso (apud Gil- Perez & Carvalho 1995), a avaliação tem que transformar-se em um instrumento efetivo de aprendizagem, rompendo com sua habitual redução aquilo que permite uma medida mais fácil e rápida: a rememoração repetitiva dos “conhecimentos teóricos” e sua aplicação igualmente repetitiva a exercícios com lápis e papel. | Portanto, para Pereira et al (2006), os pontos norteadores de um processo avaliativo são: oA avaliação deve estar a serviço da aprendizagem, reorientando as estratégias didáticas; oSe as competências a serem desenvolvidas devem ser diversificadas, também os exercícios/instrumentos de avaliação devem sê-lo; oA avaliação não deve ser usada como formade coerção ou uso do poder; oDeve-se fornecer o envolvimento ativo do aluno em sua avaliação, estimulando a auto-avaliação, tanto individual quanto coletiva; Outros instrumentos de avaliação devem ser empregados, além de testes e provas.
CARVALHO, A. P. & GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de Ciências: tendências e inovações. 2. ed.v.26.São Paulo: Cortez, 1995. 63 p. CASTRO, A. D. & CARVALHO, A.M.P. Ensinar a Ensinar: Didática para a Escola Fundamental e Média. São Paulo: Pioneira Thonison Learning LTDA, 2001. cap. 9. PEREIRA, A. M . ; SANTANA, M & WALDHELM, M. Passaporte para Ciências. 1. ed. v. 2. São Paulo: do Brasil, 2006. 31 p. |
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