Em qualquer faixa etária a atividade lúdica (jogo, brinquedos e brincadeiras) é de grande importância para a vida da criança e está deve ser desenvolvida não apenas no ambiente escolar mais também no contexto familiar da criança. Até determinada fase a criança ainda não tem o raciocínio lógico tão desenvolvido a ponto de dar explicações coerentes a respeito de certas coisas sendo o poder da fantasia ainda muito maior que a condição de explicar. Logo, através das brincadeiras a criança exercita não só o aspecto cognitivo, mas também suas habilidades motoras, já que salta, corre, gira, rola, transporta., etc. Também é através dessas mesmas brincadeiras que se desenvolve o equilíbrio emocional e a autonomia, elementos fundamentais para o sucesso das aprendizagens futuras. A criança envolve-se com brincadeiras em diversos ambientes. Em cada situação o brincar tem um sentido e uma adequação diferente. Para MOYLES apud SANTOS & PAVELACKI[sd]: “No ambiente escolar, o brincar pode ser direcionado, livre ou exploratório: o importante é que ele faça a criança avançar do ponto em que está no momento em sua aprendizagem, criando condições para a ampliação e revisão de seus conhecimentos.” Dessa maneira, o lúdico torna-se fundamental no desenvolvimento da criança, pois no brincar não se aprende apenas conteúdos, mas se aprende para a vida. Através do ato de brincar, a criança inicia sua integração social, aprende a conviver com os outros e a situar-se frente ao mundo que a cerca. Para a criança, o brinquedo e os outros objetos lúdicos representam uma parte do universo que ela conhece sendo, o micro universo que ela inicialmente explora para mais tarde expandir o seu raio de ação. | Segundo WINNICOTT apud POLETTO (2005) as crianças têm prazer em todas as experiências de brincadeiras físicas e emocionais. Além disso, brincam também para dominar angústias e controlar idéias ou impulsos que conduzem à angústia. No espaço do brincar a criança comunica sentimentos, idéias, fantasias, intercambiando o real e o imaginário. É por meio da ludicidade que as crianças criam, têm o poder, esquecendo assim o distanciamento entre elas e os adultos. Assim vão construindo sua inteligência e o próprio amadurecimento social. Portanto, a ludicidade é de suma importância no desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. Referências e sugestões de leitura POLETTO, R. C. A ludicidade da criança e sua relação com o contexto familiar. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 1, p. 67-75. 2005SANTOS, A. S. Ludicidade e educação: a utilização de atividades lúdicas como contribuição pedagógica. Monografia. Universidade do Estado da Bahia. Salvador, Bahia, 2008. SANTOS, C.S. & PAVELACKI, L.F. A ludicidade e o desenvolvimento escolar da criança. [sd] |
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