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Teorias da aprendizagem: Ausubel e Piaget


Ausubel (Moreira, 1982), fala que  há uma distinção entre aprendizagem significativa e mecânica. Sendo a primeira, um processo em que uma informação se relaciona com a outra. Esta informação anterior a qual a nova irá se relacionar é definida como conceitos subsunçores, já existente no indivíduo. A segunda se caracteriza por acontecer quando novas informações com pouca ou nenhuma associação com conceitos relevantes existente na estrutura cognitiva são recebidas pelo indivíduo. Assim, esta informação será armazenada de maneira arbitraria e sem interação com aquelas já armazenadas.

Este autor (La Taille et. al., 1992), não só descreve as reações no processo da aprendizagem, mas também os procedimentos de manipulação da estrutura cognitiva do aprendiz, de forma que se obtenha maior clareza e estabilidade das idéias de esteio, necessária para efetuar certas tarefas de aprendizagem.

Desta forma, Ausubel relata que o conhecimento que o aluno já detém independente de sua escolaridade. Em particular no estudo de biologia, onde os seres vivos se incluem situações conflitivas emergem, oportunizando a “convivência” de estruturas de conhecimentos paralelas que necessitam de interpretações diferentes. Pode-se buscar nos alunos experiências próprias vividas por eles, discutindo sobre isso e aprimorando seus conhecimentos.

Fortalecendo as bases do construtivismo, Piaget (PCNs-MEC, Brasil, 1998), afirma que o conhecimento tem origem e evolui de acordo com as experiências que vão se acumulando, ou seja, o homem é fruto do meio.


Piaget (Goulart, 1996) defende que o conhecimento resulta da interação do sujeito com ambiente, cada indivíduo constrói, ao longo do processo de desenvolvimento seu próprio modelo de mundo, através da assimilação, acomodação e adaptação. No ensino deve-se considerar o modelo particular de mundo de cada aluno e não do professor.

Goulart (1996), enfatiza que a pedagogia piagetiana condena o modelo clássico de intervenção do professor, de dizer o que é “certo” ou “errado”, não dando oportunidade de pesquisa social reservando o titulo da escola exclusivamente para as estratégias de ensino que se baseiam na atividade do aprendiz. O docente deve optar por estabelecer relações com a realidade do educando, para que o processo de ensino-aprendizagem seja iniciado, pois o seu cotidiano será sua inspiração na realização de trabalhos desenvolvidos na classe que irão proporcionar aos alunos a compreensão do que se estuda teoricamente, pois o indivíduo aprende de acordo com suas experiências originais detectadas por meio dos sentidos.

Referências e sugestões de leitura 

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 35 – 45 p. 

GOULART, Í. B.  Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor. 11º ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1996. 34 – 47 p 

LA TAILLE, Y.; OLIVEIRA, M. K.; DANTAS, H. Piaget, Vygostsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. 12º ed. São Paulo: Simmus, 1992. 117 p.

 MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa: A teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes. 1982.

 

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