nstalada no Portal do Sertão, a UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA – UEFS
– nasceu como resultado de uma estratégia governamental com o objetivo
de interiorizar a educação superior, até então, circunscrita à capital,
Salvador.
IA partir da década de sessenta, as políticas de governo, tanto no plano federal como no estadual, passam a ser norteadas pela Teoria do Capital Humano, que entende a educação como um investimento pessoal e social que gera desenvolvimento econômico. Sob o influxo dessa teoria, em 1968, o governo baiano dá forma a uma política de educação (plano integral de educação), voltada para a ampliação e expansão do sistema de ensino em todos os níveis, com o objetivo de formar quadros para o processo de industrialização. Assim, o processo de interiorização teve início com a instalação de Faculdades de Formação de Professores nas principais cidades interioranas, sedes das regiões administrativas do Estado, que passam a atuar como distritos geoeducacionais. É no âmbito dessa política que Feira de Santana – município caracterizado no Plano Integral de Educação, pelos seus indicadores econômicos e sociais, como o mais importante centro polarizador de desenvolvimento do interior do Estado, – é contemplada, ainda em 1968, com uma Faculdade de Educação e, em 1970, com a criação da Fundação Universidade de Feira de Santana – FUFS – através da Lei Estadual nº 2.784, de 24 de janeiro de 1970. Criada sob a vigência da Lei Federal nº 5.540, de 28 de novembro de 1968 e organizada de acordo com projeto elaborado pelo Centro de Estudos Interdisciplinares para o Setor Público – ISP – ligado à Universidade Federal da Bahia, a FUFS (como foi inicialmente denominada), tem seu plano estrutural fundamentado nos dois princípios básicos da Reforma Universitária – o de não duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes e o da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão – escolhendo-se, entre as alternativas de integração estrutural oferecidas pela Lei, aquela que opera com base na articulação entre departamentos e Administração Superior, eliminada a possibilidade de coordenação administrativa em nível intermediário (faculdades, institutos ou centros). Uma vez autorizada, a Universidade é instalada, solenemente, no dia 31 de maio de 1976, com o seguinte elenco de cursos: Licenciatura de 1º e 2º graus em Letras – Inglês/Francês; Licenciatura Plena em Ciências, com habilitação em Matemática e Biologia e em Ciências 1º grau; Licenciatura Plena em Estudos Sociais, com habilitação em Educação Moral e Cívica e em Estudos Sociais 1º grau; e mais os cursos de Enfermagem, Engenharia de Operações – Modalidade Construção Civil, Administração, Economia e Ciências Contábeis. Autorizada pelo Decreto Federal nº 77.496 no ano de
1976, Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 874/86 de 19-12-86 e
Recredenciada pelo Decreto Estadual nº 9.271 de 14-12-2004, a UEFS vem
se expandindo rapidamente, concentrando suas ações no centro-norte
baiano, território que integra o semi-árido, e está presente em cerca
de 150 municípios baianos, em cumprimento do seu objetivo social que é
preparar cidadãos que venham a exercer, tanto liderança profissional e
intelectual no campo das atividades a que se propõem, quanto a terem
responsabilidade social no sentido de serem capazes de desempenhar,
propositivamente, o seu papel na definição dos destinos da sociedade
baiana e brasileira. O cumprimento desta função social a torna
reconhecida como uma das mais expressivas Instituições de Educação
Superior do Estado da Bahia e do País.
| O consórcio do trabalho que aqui tem sido realizado pelos docentes, funcionários e estudantes, e pelo quarto segmento, que é a sociedade, faz com que a UEFS se destaque no cenário estadual e nacional como uma universidade emergente, já detentora de significativa qualidade. Hoje, a UEFS mantém 47 cursos de Graduação, destes, 25 referentes a 02 Programas de Formação de Professor que desenvolve em parceria com a Secretaria de Educação do Estado e Prefeituras Municipais. No que tange ao ensino de pós-graduação conta com 09 Mestrados e 03 Doutorados (com a perspectiva de implantação de mais seis programas de Mestrado e um de Doutorado ainda para 2006), mais os cursos de Especialização, reunindo uma população de 10 000 estudantes. Quanto à Pesquisa, além dos Projetos institucionais nas diversas áreas do conhecimento, e mais de uma centena de grupos de pesquisa cadastrados junto ao CNPq, o que assegura uma importante produção científica, a UEFS coordena duas redes de pesquisa junto ao Instituto do Milênio do Semi-Árido (Imsear), tendo, sob esta coordenação 23 Universidades e Órgãos de Pesquisa, destes, 20 no Nordeste, mais a UFRJ, a Senagen/UnB e o Kew Garden na Inglaterra. A outra rede é o Projeto Biodiversidade do Semi-Árido (PPBIO), coordenando 15 Universidades todas no nordeste. Para assegurar a participação dos estudantes em programas de iniciação científica, emprega, ao ano, recursos da ordem de 1.500 mil só em bolsas para estudantes de graduação. Para os docentes que se encontram em capacitação em nível de mestrado e doutorado, no Brasil e no exterior, tem assegurado bolsa de estudos, provenientes de orçamento próprio. A Extensão, de braços dados com a cultura e articulando saberes com a comunidade, está presente em mais de 200 municípios do Estado, e em três estados próximos: Sergipe, Pernambuco e Alagoas, desenvolvendo projetos institucionais e interinstitucionais, influenciando de forma positiva, nas áreas de Educação, Saúde, Meio Ambiente, Qualificação Profissional, Atividades Interdisciplinares e Fomento à Emersão de Novos Talentos e Preservação da Cultura e das Tradições Nordestinas. Merecem destaque os programas de alfabetização de jovens e adultos e aqueles que propiciam mais inserção do jovem ao ensino superior, como é o caso do Universidade para Todos em parceria com a SEC que, este ano, alcançou mais de 2.300 jovens; o Projeto Portal, que capacita em língua estrangeira para os exames de seleção ao ensino superior. Além dessas iniciativas, a Uefs criou uma comissão para desenvolver estudos para a implantação do regime de cotas para estudantes de escolas públicas, afro-descendentes e índios e o aumento contínuo das taxas de isenção no PROSEL (este ano alcançamos cerca de 2.600 candidatos), ampliação do número de bolsas e de vagas nos cursos de graduação. No que tange à troca de saberes entre a Academia e a Comunidade, ressaltamos a Feira do Semi-Árido, evento que vem se destacando como um eficaz espaço de trocas de idéias e de produtos, e a Caminhada do Folclore, que passou a fazer parte do calendário de eventos da região, tendo sido incluída no Guia de Bens Culturais do Brasil por iniciativa do Projeto Tesouros do Brasil, uma promoção da Fiat, IPHAN e UNESCO. Consolidada, em qualidade e excelência, é como podemos definir a nossa universidade, uma vez que vem se ombreando às mais importantes do País mediante o trabalho sério e de qualidade que é desenvolvido pelos professores, funcionários e estudantes, e que tem se revertido em credibilidade acadêmico-científica. As avaliações realizadas por órgãos oficiais do Estado e da União, quanto à capacidade instalada para os cursos que são oferecidos e a instalação de outros, às quais tem obtido, sem exceção, aprovações com referenciais, sempre positivos, inclusive, com destaque regional e nacional em desempenho docente, estas aprovações são a prova de que esta Universidade mantém inarredável o princípio que sempre defendeu: assegurar-se como uma universidade pública, gratuita e de qualidade. Fonte: uefs.br |
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